segunda-feira, 16 de julho de 2012

Reduto encantado

Um endereço tão famoso, marcado pela história da música popular brasileira, somado a uma recepção calorosa – o garçom parece que adivinha os pensamentos – é mistura imbatível. Assim que se toma o assento, chega à mesa um prato de salgadinhos apetitosos e nem os seguidores da dieta mais rigorosa resistem a um pastel quentinho, que cabe em duas mordidas. Pronto, agora é deixar rolar.

Os tradicionais pratos do dia são uma ótima pedida. Honestos e com preços muito razoáveis você acaba a refeição feliz e saciado, sem dor no bolso. Aproveite para levar um vinho, ou um doce especial para mais tarde, já que a casa abriga um bar e uma delicatesse.

A Casa Villarino, fundada em 1953, é uma espécie de símbolo da boemia carioca. Lá se encontram, ao final do expediente, intelectuais, músicos, e toda a sorte de profissionais amantes de longos papos e de boa bebida, desde os idos 50. Não à toa, foi lá que se ouviu pela primeira vez o termo Bossa Nova, que se na época não fazia muito sentido, hoje dispensa explicações.

As paredes do Villarino contam histórias, em uma delas foi instalado um painel de fotos em tamanho natural para homenagear antigos habituées como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Lúcio Rangel e onde ninguém menos que Pancetti, Di
Cavalcanti e Augusto Rodrigues deixaram seus traços e pincelados. Ary Barroso registrou ali as primeiras letras de Aquarela do Brasil.

Por todos os motivos, a Casa Villarino vale a visita. Mas a casa só abre de segunda a sexta.

Av. Calógeras, 6 Lj. B.
Estação do metro mais próxima - Cinelândia

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