Os madrilenhos, no meio da tarde ou no café da manhã, levam à uma constatação básica: coisas simples fazem momentos perfeitos. A massa suave e delicada, o creme de confeiteiro que tem longa tradição, e é o mesmo há muitos e muitos anos, por que nunca precisou mudar... e a cereja, não, não, a goiabada do bolo, é cremosa e arremata a obra. Acompanhar com chá, café puro ou mais delicado, misturado ao leite. Sorria, você está sendo feliz.
Passe na Manon, na Rua do Ouvidor, encoste ali no balcão com seu melhor olhar “pidão”. Uma das moças, que parecem conhecer cada cliente, cada senhorinha e senhor educado, que leva para casa um embrulinho cheio de segredos e gostosuras, vai lhe socorrer com muito carinho. Do cantinho do balcão, bem atrás da caixa registradora, você pode ver surgirem, como promessas, os madrilenhos fresquinhos, polvilhados de açúcar, delicados como neve.
Leve para casa quantos o seu bom senso permitir. Mas antes, sente-se, aprecie os espelhos e lustres da velha confeitaria. Faça seu lanchinho em sossego.
Momentos assim vão rareando, nos dias cada vez mais corridos. Portanto, como o mestre Chico, conte os seus minutos, cuide bem deles. E dos madrilenhos também, é claro.
Confeitaria Manon
Rua do Ouvidor, 187.
Estação do Metro mais próxima - Uruguaiana
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