A exposição "Lembranças Perdidas", de Sergio Marimba, na Caixa Cultural, meio que dá um nó na garganta. São diversas fotografias impressas em metal corroído, enferrujado, gasto. São imagens antigas, que, impressas, acompanham o desgaste do metal. E o coração da gente aperta, na impossibilidade de resgatar o tempo, conhecer o fotografado, lhe devolver a sua imagem. Mas ele parece ter já partido, irremediavelmente. E a gente nem se despediu... Louco, né? Sergio é também o curador da exposição. Conta que visitou feiras, ferros-velhos, lixões e brechós, num garimpo por objetos marcados pelo tempo. E encontrou muitas lembranças abandonadas – fotos, postais, cartas. Agora, as fotos estão impressas no aço, imagem e metal uma coisa só, que daqui pra frente envelhecem juntos. Sergio escreve: "as lembranças que se perderam por razão do tempo não afetuoso, agora eu as deixo viver para que possamos observá-las de outra forma, mas sem perder a ação do tempo. Pois é ele que conta". E dá vontade de levar as peças para casa, para gente cuidar delas com respeito afetuoso.
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